CENTRO-OESTE/MG – MUITO CHARME E LINDAS MULHERES NA XIX FENACOCO DE SÃO GOTARDO

Cachoeira fica em propriedade particular e necessita de licença para visitação. Donos vêm tendo problemas com depredação e descarte de lixo/
Aproveitar para se deliciar nas águas límpidas e refrescantes da magestosa cachoeira do Córrego Confusão (foto) ou mesmo uma visita ao histórico Rio Indaiá percorrendo trilhas dos maciços de verdete, respirar o ar puro da Serra da Mata da Corda sentindo, nas fazendas, aquele cheirinho típico dos currais, apreciar o gostinho tradicional dos famosos pães de queijo, biscoito de polvilho, arroz com galinha, linguiça defumada na fornalha, doce de leite e pé de moleque. Estes são alguns dos irresistíveis e sedutores prazeres na programação de quem comparecer aos três animadíssimos dias de muita festa da XIX FENACOCO, a partir desta sexta feira até 29, a ser realizada em Vila Funchal (Gordura), no município de São Gotardo, Alto Paranaíba.
Badaladíssima nos últimos anos por causa da presença sempre maciça de lindas moças também das cidades vizinhas, Matutina, Dores do Indaiá, Tiros, Quartel Geral, Estrela do Indaiá e Serra da Saudade, A FENACOCO será aberta às 20 horas, com um rodeio profissional seguido de apresentação do Clube da Viola, às 22. No sábado, além de exposições de barracas durante o dia, oferecendo iguarias típicas, a programação continua, às 20 horas, com concorrido rodeio profissional e o show de música sertaneja apresentando a dupla Pedro Júnior e Maciel. E no domingo, último dia, a programação tem início com uma cavalgada às 09 horas, no vilarejo Sapecado e uma prova de Motocross, no mesmo horário, partindo de São Gotardo. O encerramento será às 18 horas com a final do rodeio.
Vinicius Carvalho, proprietário rural e presidente da ADFUNCHAL – Associação do Desenvolvimento Comunitário de Vila Funchal, garante que a festa deste ano vai superar as anteriores tanto em qualidade como em número de visitantes já sendo muito grande o número das consultas antecipadas por parte de interessados em comparecer, motivo pelo qual a praça central do distrito está sendo toda estruturada.
Nos três dias de muita alegria, da FENACOCO, com a vila repleta de turistas procedentes de várias cidades vizinhas, ninguém perceberá que ela se encontra em fase de plena decadência, na verdade, completamente abandonada, nos últimos anos, pelas autoridades municipais. Belas casas construídas por volta de 1935/40, assim como a pequena cadeia pública do distrito (com quase 70 anos de existência) e outros imóveis inclusive tombados como patrimônio histórico, já ruíram ou estão caindo aos pedaços.
Do ponto mais alto da Mata da Corda por onde desce estreita e perigosa pista de acesso a Vila Funchal, cerca de 01 km, o visitante que tiver curiosidade de olhar para o lado direito, bem ao fundo, vai descobrir por que a FENACOCO recebeu esse nome. Em toda a baixada deste trecho rumo ao Grotão, Sapecado e num raio de centenas de km2, entre os córregos, Fundo, Funchal, Pirapitinga e Rio Indaiá, a vegetação típica é constituída de centenárias macaúbas espinhentas, palmeira de cujo coco se produz um óleo de fácil comercialização em fábricas de sabão e empresas fabricantes de combustíveis.
Dona de uma população que pode não chegar, atualmente, a 150 pessoas, mesmo assim se somados os proprietários rurais residentes nas proximidades, Vila Funchal, outrora, movida pelas riquezas originárias da cafeicultura já foi muito rica e próspera, chegando a ter cerca de seis mil moradores. Com a falência do setor, deu-se largada a um êxodo rural jamais visto na região.
O distrito foi criado, oficialmente, em 27 de dezembro de 1938, pelo decreto lei 148, substituindo ao de São José das Perobas abandonado pela população em decorrência de sua inconveniente posição geográfica, isolado entre montanhas, além das frequentes e perigosas enchentes do Córrego Pirapitinga.
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